Fala galera!! Uma matéria interessante sobre "supercâmeras".
Fiquei surpreendido em ver uma bala parecer gel quando colidia com algo
Fiquei surpreendido em ver uma bala parecer gel quando colidia com algo

Fonte da imagem: ScienceMedia
Durante uma corrida de Fórmula 1, acontece um grave acidente em que dois carros colidiram e saíram voando em direção aos pneus de proteção. Tudo isso em poucos segundos, impedindo que qualquer um saiba ao certo o que aconteceu na hora. Porém, em instantes as câmeras da televisão passam um replay detalhado do acontecimento em câmera lenta, em que é possível observar pequenos detalhes como parafusos voando e partes do veículo se desmontando.Provavelmente você já testemunhou alguma imagem do tipo, seja na Fórmula 1, no futebol ou em documentários televisivos que mostram em câmera lenta detalhes mínimos da corrida de um animal. Tudo isso só é possível devido à utilização de equipamentos de alta velocidade, que capturam milhares (ou até mesmo milhões) de quadros por segundo, permitindo visualizar uma quantidade impressionante de detalhes que passam em branco quando observados pelo olho humano.
É até estranho chamar essas câmeras capazes de gravar movimentos extremamente lentos de câmeras de alta velocidade. Porém, isso se explica pela quantidade impressionante de quadros que capturam, tudo isso em intervalos de tempo muito curtos – certos equipamentos conseguem transformar um segundo de tempo em cerca de 10 minutos de filmagem.
Neste artigo, explicamos como funcionam essas supercâmeras, exemplificamos seu uso e apresentamos alguns dos equipamentos mais avançados (e caros) disponíveis no mercado.
Como funcionam
Uma câmera de filmagem tradicional captura imagens com frequência que varia entre 24 a 29,97 quadros por segundo, dependendo do padrão utilizado, suficiente para criar a ilusão de movimento vista na tela. Já câmeras de alta de velocidade costumam registrar imagens com frequências que chegam a um quarto de milhão de quadros por segundo, podendo até mesmo ultrapassar este valor.Embora o olho humano consiga adaptar-se a diferentes quantidades de quadros por segundo, o número de quadros capturados por uma supercâmera ultrapassa muito o valor máximo que nossa biologia permite visualizar. Dessa forma, é necessário o auxílio de aparelhos especiais que exibem os filmes capturados em câmera lenta, permitindo a visualização de detalhes que normalmente passariam batidos.
Câmeras que utilizam o obturador possuem um processo mais lento, em que é necessário mover o filme, fixa-lo, capturar a imagem e depois utilizar uma garra para trocá-lo pela próxima parte. Este processo se torna bastante difícil em altas velocidades, limitando a quantidade de quadros capturados e gerando o risco de destruir todo o rolo de filme em casos de acidentes.
Um problema comum enfrentado por quem deseja utilizar câmeras de alta velocidade é a necessidade de uma boa quantidade de luz para a realização das filmagens. Muitas vezes isso significa a destruição do objeto que se deseja filmar, devido ao aquecimento excessivo provocado pelos aparelhos de iluminação.
O foco atual da indústria das supercâmeras é o meio digital, que acaba com os problemas de destruição de filmes e permite a captura de ainda mais quadros por segundo. Seja utilizando sensores de imagens CMOS ou dispositivos CCD, os avanços na área acontecem de maneira constante.
Para quem são feitas

A série Caçadores de Mitos, da Discovery, utiliza constantemente equipamentos do tipo, seja para mostrar o que acontece durante impactos entre dois objetos ou até mesmo para efeito dramático durante explosões e outros acontecimentos. Programas esportivos também abusam da tecnologia na hora de mostrar replays, permitindo que o telespectador tenha uma visão diferente dos acontecimentos.
O futebol talvez seja o exemplo de onde a tecnologia é mais empregada durante a programação televisiva. As filmagens em alta velocidade são utilizadas para repetir jogadas, mostrar reações dos jogadores e rever lances curiosos que passaram em branco. Com a Copa de 2014 se aproximando, o Brasil deve testemunhar um crescimento no número de dispositivos do tipo empregados no país.
Quem realmente se beneficia com o uso das supercâmeras são as indústrias que precisam de dados precisos sobre eventos que envolvem algum tipo de impacto. A indústria automobilística, por exemplo, observa a forma com que o motorista de um veículo seria atirado em caso de acidentes para desenvolver novos métodos de segurança e até mesmo modificar o design de seus veículos para torná-los mais seguros em casos de acidente.
A câmera mais veloz do mundo
Com capacidade de capturar 200 milhões de quadros por segundo, a supercâmera mais veloz do mundo foi desenvolvida pelo professor Arun Shukla da Universidade de Rhode Island. O equipamento é utilizado principalmente para estudar como as coisas se quebram, com foco no desenvolvimento militar de coletes de proteção mais resistentes.
Exemplos de supercâmeras
Agora que você já ficou sabendo como funcionam as câmeras ultrarrápidas, selecionamos alguns exemplos destes equipamentos. Abaixo você pode conferir três modelos, que variam tanto na capacidade de captura de imagens quanto no preço.Typhoon HD 4

Fonte da imagem: ScienceMedia
Desenvolvida especialmente para a captura de imagens subaquáticas, a Typhoon 4 possui um sensor CMOS com ISO de alta sensibilidade. Em filmagens em alta resolução, a câmera é capaz de capturar até mil quadros por segundo, permitindo a visualização de imagens que normalmente seriam imperceptíveis ao olho humano.Phantom Miro 3
Desenvolvida com foco na indústria automotiva, a Phantom Miro 3 surpreende pela resistência, sendo capaz de resistir a pressões semelhantes à de 100 atmosferas. A câmera consegue capturar cerca de 1200 quadros por segundo na resolução 800x600, chegando a ultrapassar os 110 mil quadros por segundo na resolução 32x16.
i-Speed 3

Onde posso comprar uma?
Quem gostou das características das câmeras aqui apresentadas vai ficar decepcionado ao saber que a maioria delas possui preços bastante elevados, até mesmo para o padrão de estúdios profissionais. Em geral, estes equipamentos estão disponíveis somente mediante aluguel através de companhias especializadas, modelo que é seguido no Brasil.Como exigem o emprego de tecnologias que ainda são muito caras para desenvolver, é bastante improvável que características dos equipamentos de alta velocidade invadam dispositivos para uso pessoal. Assim, infelizmente, tudo indica que a maioria das pessoas só terá contato com esta tecnologia através de seus resultados, seja através de documentários ou da exibição de experimentos científicos.
Fonte: tecmundo

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